31 outubro 2015

Professores exonerados e com salários cortados fazem protesto no Tribunal de Justiça

Dezenas de educadores de Coroatá, Santa Quitéria, Lago Verde e Lago Açu fizeram, na manhã desta quinta-feira (29), um ato público unificado em frente ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). A manifestação foi proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) para chamar atenção dos desembargadores sobre ações judiciais que questionam as exonerações e cortes de salários nos municípios.

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Entre as bandeiras de luta, estavam os educadores de Lago Açu. Um cartaz com o contracheque de um dos professores que participaram da greve mostra a truculência Marlim Sousa que efetuou o desconto de 16 faltas no mês de junho, deixando o educador com apenas cerca de R$200 de salário.

Os educadores recorreram da decisão, mas perderam na primeira instância e aguardam o julgamento dos desembargadores para saber se a justiça vai manter os descontos ou determinar a devolução dos valores.

Em Santa Quitéria, segundo o coordenador do Núcleo do SINPROESEMMA, Augusto Ribeiro, a situação não é diferente. Além dos prejuízos na área da educação, os vigias e os motoristas do transporte escolar estão com até três meses de salários atrasados.

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“Quem sofre é a população, os servidores e as crianças que estão sem aulas, não vamos parar enquanto não atenderem as nossas reivindicações não atenderem”, reforçou o dirigente, que por conta das mobilizações foi exonerado da rede.

Segundo o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, é preciso que os prefeitos primem pelo diálogo, pois as ações judiciais revelam que os gestores não estão interessados em discutir com os trabalhadores em educação. “A judicialização da greve significa o fim de qualquer negociação. Ficou demostrado na história que quando o prefeito quer decretar a ilegalidade da greve ele não tem interesse nenhum de garantir os direitos”, ressaltou.

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Pinheiro lembrou que a assessoria do sindicato também tem recorrido das decisões judiciais que mantêm os atos administrativos das prefeituras de cortar e exonerar salários, mas enfrentar resistência dos desembargadores. “Nós sabemos que a justiças precisa cumprir o seu papel, mas o papel para proteger os interesses da sociedade, da maioria do povo e da garantia de direitos importantes que está na lei”, destacou.

Apoio da CTB. O presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Joel Nascimento, usou o microfone para questionar a atitude de alguns policiais militares que queriam diminuir o volume do carro de som. Os guardas alegram que o barulho estava incomodando as sessões do Tribunal de Justiça. “Estamos aqui para incomodar mesmo. Se não quiséssemos não estaríamos aqui”, defendeu.

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Em função do não conhecimento dos processos que envolvem os educadores, a presidente do Tribunal, Cleonice Freire, optou por não receber os trabalhadores, mas o Sindicato conseguiu o agendamento de uma audiência sobre o tema. Pelo acertado, a diretoria do Tribunal ainda vai marcar o dia e hora para receber os representantes do SINPROESEMMA nos próximos dias.

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