A
Independência do Brasil foi um processo que culminou com a emancipação
política desse país do reino de Portugal, no início do século XIX.
Oficialmente, a data comemorada é a de 7 de setembro de 1822, quando
ocorreu o episódio do chamado "Grito do Ipiranga". De acordo com a
história oficial, nesta data, às margens do riacho Ipiranga o Príncipe
Regente D. Pedro bradou perante a sua comitiva: Independência ou Morte!.
No
Maranhão, as elites agrícolas e pecuaristas eram muito ligadas à
Metrópole e a exemplo de outras províncias se recusaram a aderir à
Independência do Brasil. À época, o Maranhão era uma das mais ricas
regiões do Brasil. O intenso tráfego marítimo com a Metrópole,
justificado pela maior proximidade com a Europa, tornava mais fácil o
acesso e as trocas comerciais com Lisboa do que com o sul do país. Os
filhos dos comerciantes ricos estudavam em Portugal. A região era
conservadora e avessa aos comandos vindos do Rio de Janeiro. Foi da
Junta Governativa da Capital, São Luís, que partiu a iniciativa da
repressão ao movimento da Independência no Piauí. A Junta controlava
ainda a região produtora do vale do rio Itapecuru, onde o principal
centro era a vila de Caxias. Esta foi a localidade escolhida pelo Major
Fidié para se fortificar após a derrota definitiva na Batalha do
Jenipapo, no Piauí, imposta pelas tropas brasileiras, compostas por
contingentes oriundos do Piauí e do Ceará. Fidié teve que capitular,
sendo preso em Caxias e depois mandado para Portugal, onde foi recebido
como herói. São Luís, a bela capital e tradicional reduto português, foi
finalmente bloqueada por mar e ameaçada de bombardeio pela esquadra do
Lord Cochrane, sendo obrigada a aderir à Independência em 28 de julho de
1823. Os anos imperiais que seguiram foram vingativos com o Maranhão; o
abandono e descaso com a rica região levaram a um empobrecimento
secular, ainda hoje não rompido.
PERIODO REGENCIAL – A Balaiada
Várias
rebeliões marcaram o período regencial. As rebeliões eclodiram, num
período de nove anos, em quase todo o país. As principais rebeliões do
período foram:
Balaiada (1838 – 1841)
Cabanagem (1835 – 1840)
Sabinada (1837 – 1838)
Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835 – 1845)
A
Balaiada foi uma revolta de caráter popular, ocorrida entre 1838 e 1841
no interior da então Província do Maranhão, no Brasil,e que após a
tentativa de invasão de São Luís, dispersou-se e estendeu-se para a
vizinha província do Piauí. Foi feita por pobres da região, escravos,
fugitivos e prisioneiros. O motivo era a disputa pelo controle do poder
local. A definitiva pacificação só foi conseguida com a anistia
concedida pelo imperador aos revoltosos sobreviventes. As causas foram a
miséria promovida pela crise do algodão.
Durante
o Período regencial brasileiro o Maranhão, região exportadora de
algodão, passava por uma grave crise econômica, devido à concorrência
com o gênero estadunidense. Em paralelo, a atividade pecuária absorvia
importante contingente de mão-de-obra livre nessa região. Esses fatores
explicam o envolvimento de elementos escravos e de homens livres de
baixa renda no movimento.
No
campo político ocorria uma disputa no seio da classe dominante pelo
poder, que se refletia no Maranhão opondo, por um lado, os liberais (bem-te-vis) e os conservadores (cabanos).
O evento que deu início à revolta foi a detenção do irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, da fazenda do padre Inácio Mendes (bem-te-vi), por determinação do sub-prefeito da Vila da Manga (atual Nina Rodrigues), José Egito (cabano).
Contestando a detenção do irmão, Raimundo Gomes, com o apoio de um
contingente da Guarda Nacional, invadiu o edifício da cadeia pública da
povoação e libertou-o, em dezembro de 1838
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